O Deutsche Bank entrevistou 3.600 pessoas sobre o destino do Bitcoin, e a maioria está pessimista

Os consumidores estão divididos sobre o futuro do Bitcoin (BTC), com aproximadamente um terço prevendo que a principal criptomoeda do mundo cairá para menos de US$ 20.000 até o final do ano, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Deutsche Bank.

Bitcoin

Isso representaria um declínio de cerca de US$ 50.000 (mais de 70%) em relação ao preço atual da criptomoeda, levando-a de volta aos níveis vistos pela última vez durante um período de baixa significativo, como o observado em 2022. Apenas 10% dos mais de 3.600 entrevistados disseram esperar que o Bitcoin ultrapasse US$ 75.000 até o final de dezembro.

Cerca de 40% dos entrevistados expressaram confiança na perspectiva de longo prazo do Bitcoin, enquanto 38% acreditavam que ele desapareceria. Ao mesmo tempo, menos de 1% considerou a criptomoeda uma tendência passageira, conforme revelado pela pesquisa conduzida em março.

O Bitcoin está operando em baixa nesta terça-feira (9). A criptomoeda atingiu um pico histórico de US$ 73.798 em meados de março, registrando um aumento de 67% no ano, superando ativos tradicionais como ações globais e ouro.

Uma onda de capital direcionada para os fundos de índice de Bitcoin dos EUA, que têm apenas três meses de existência, impulsionou o ativo digital e levou os apoiadores da criptomoeda a argumentarem que a demanda por ela continuará a crescer. Por outro lado, os críticos afirmam que o Bitcoin não possui valor intrínseco e é puramente um “campo de jogo especulativo” que eventualmente enfrentará um “ajuste inevitável”.

Este mês, o Bitcoin passará pelo halving, um evento que ocorre a cada quatro anos e reduz pela metade a nova oferta da moeda digital. Alguns veem isso como um impulso positivo para o preço. “Estamos observando uma forte continuidade de interesse no mercado devido ao halving iminente”, comentou Victoria Bills, estrategista-chefe de investimentos da Banrion Capital, à Rádio Bloomberg.

Investimento em Bitcoin impulsiona ações de empresa asiática em 90%

Após seguir os passos da MicroStrategy, a empresa japonesa Metaplanet atrai um forte interesse de investidores

A Metaplanet, uma empresa de investimentos relativamente desconhecida listada na Bolsa de Valores de Tóquio, anunciou seus planos de adotar o Bitcoin (BTC) como seu principal “ativo de reserva de tesouraria” – uma estratégia que resultou em quase dobrar o preço de suas ações.

Em um tweet divulgado na segunda-feira (8), a empresa confirmou ter alocado 1 bilhão de ienes (cerca de US$ 6,5 milhões) em Bitcoin, representando quase metade de sua capitalização de mercado naquela época.

“A decisão estratégica vai além da simples adoção de ativos digitais, ela está liderando um futuro onde as finanças encontram inovação em sua essência”, afirmou a Metaplanet.

Após o anúncio, o preço das ações da empresa aumentou 90%, de 19 JPY no fechamento de segunda-feira para 36 JPY no fechamento de terça-feira (9). No mesmo dia, a empresa registrou um volume de negociação de 69 milhões de ações, um aumento notável em comparação com a média diária de 928.000 ações, de acordo com dados do Google Finance.

Esse padrão é familiar para empresas que adotam o Bitcoin, destacado de forma notável pela empresa de software MicroStrategy (MSTR). Desde agosto de 2020, quando adotou o Bitcoin como seu principal ativo de reserva, as ações da empresa de Michael Saylor aumentaram quase 1.000%, passando de US$ 146 para mais de US$ 1.400 atualmente.

A decisão da Metaplanet de adotar o Bitcoin gerou uma série de comparações com a MicroStrategy. De fato, Simon Gerovich, CEO da Metaplanet, retuitou várias postagens em sua conta no Twitter, comparando a empresa à “primeira MicroStrategy da Ásia”.

“O produto permitirá que os japoneses obtenham exposição ao Bitcoin sem pagar impostos sobre ganhos não realizados, que podem chegar a 55%”, twittou Jason Fang, fundador da Sora Ventures. “Além disso, permitirá que qualquer pessoa com uma conta na Bolsa de Valores de Tóquio obtenha exposição ao Bitcoin sem preocupações regulatórias.”

A incursão da Metaplanet no Bitcoin conta com o apoio da Sora Ventures, UTXO Management, ex-CSO da OKX Jack Liu e CEO da Morgan Creek Capital Mark Yusko.

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