Os fundos negociados em bolsa experimentaram um saldo líquido negativo de US$ 563,7 milhões, enquanto o bitcoin (BTC) registrou um leve aumento hoje, após uma queda de 15% em abril e mais 4% ontem, caindo abaixo de US$ 60 mil.
O BTC atingiu sua mínima desde fevereiro, chegando a US$ 56.643, o menor nível desde 27/02, quando operava em torno de US$ 54.464. Todos os ETFs de bitcoin à vista nos EUA apresentaram saídas líquidas recordes, contribuindo para essa tendência.
As retiradas dos ETFs não foram lideradas pelo GBTC desta vez, com o fundo registrando saques de US$ 167,4 milhões, mas o pior desempenho veio do FBTC da Fidelity, com uma retirada líquida de US$ 191,1 milhões. Até o IBIT da BlackRock, que antes não havia registrado saída líquida, viu uma retirada de US$ 36,9 milhões.
André Franco, head de análise do MB, interpreta essa saída líquida como um cenário “um pouco catastrófico” para o bitcoin, mas também pode ser visto como um sinal de capitulação por parte de investidores tradicionais menos familiarizados com a volatilidade das criptomoedas. Ele sugere que esse movimento pode criar um ambiente mais propício para uma recuperação posterior.
Por volta das 9h31 (horário de Brasília), o bitcoin estava em alta de 1% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 58.685, enquanto o ether, moeda da rede Ethereum, avançava 2,2%, chegando a US$ 2.988. O valor total de mercado de todas as criptomoedas é de US$ 2,32 trilhões. Em relação ao real brasileiro, o bitcoin tinha uma valorização de 0,47%, atingindo R$ 305.305, enquanto o ether registrava ganhos de 1,14%, alcançando R$ 15.488.
Entre as altcoins, a solana (SOL) subia 10,6% para US$ 137,62, o BNB (token da Binance Smart Chain) tinha alta de 1,2% a US$ 562,03 e a avalanche (AVAX) avançava 4,5%, chegando a US$ 33,71.
No cenário macroeconômico, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) decidiu manter a taxa de juros dos Estados Unidos entre 5,25% e 5,5% ao ano e indicou que não pretende reduzir os juros até estar confiante de que a inflação está convergindo para a meta de 2% ao ano. Entretanto, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que um enfraquecimento do mercado de trabalho americano pode levar o Fed a iniciar um ciclo de afrouxamento monetário.
Economistas entrevistados pelo “MarketWatch” consideram que isso mantém a possibilidade de um corte de juros na reunião de julho, enquanto um início de flexibilização monetária em setembro seria evitado por coincidir muito próximo das eleições presidenciais dos EUA.