Na última quinta-feira (19), Guilherme Haddad Nazar, Diretor da Binance no Brasil e vice-presidente regional para a América Latina, defendeu publicamente uma regulação equilibrada para as criptomoedas no país.
Em um texto divulgado no site Valor Investe, onde Nazar se tornou colunista, ele argumentou que o Brasil está em um estágio regulatório avançado para as criptomoedas.
Assim, Nazar acredita que o país está em uma posição importante no mundo, e que novas regras são bem-vindas. Além disso, indicou que as novas diretrizes podem ajudar os brasileiros a ter acesso a um mercado internacional, com alta liquidez.
“Caneta da regulação deve estar equilibrada entre proteção a investidores ao mesmo tempo que garante inovações”, diz diretor da Binance no Brasil em sua coluna
Citando um estudo que indica que pelo menos 600 milhões de pessoas no mundo já possuem criptomoedas, Guilherme Nazar acredita que a regulação deve acontecer.
Contudo, ele defende uma regulação equilibrada para as criptomoedas no Brasil, indicando que as regras devem garantir a proteção de investidores, sem sufocar inovações.
Acompanhando o cenário brasileiro, ele lembrou da Lei 14.478/2022, chamada Marco das Criptomoedas. Além disso, destacou em sua escrita que o Banco Central do Brasil já abriu uma primeira consulta pública sobre o tema e coletou informações com empresas do setor.
Nazar espera que em breve o BCB abra uma nova consulta pública, que deve impactar diretamente a futura regulação das criptomoedas no país. Para isso, ele entende que as novas regras não podem entrar em conflito com o que está em prática no mundo que é um mercado de alta liquidez e funciona todos os dias e horários, de forma ininterrupta.
Ou seja, caso as regras brasileiras sobre criptomoedas entrem em desacordo com o que já ocorre no mundo, ele entende que não seria um bom caminho adotado pelo país.
“Regulação deve combater lavagem de dinheiro e ilícitos financeiros”
Seguindo seu texto, Nazar declarou que a segregação patrimonial é uma medida válida, mas não a única para garantir eficiência e segurança em corretoras de criptomoedas.
Isso porque, a educação dos usuários, provas de reservas públicas, e outras medidas podem complementar a proteção do ecossistema além das regras criadas pelos estados.
Mesmo assim, ele acredita que as novas regras devem observar com cuidado práticas de ilícitos financeiros e de lavagem de dinheiro, o que a regulação das criptomoedas deve cuidar.
Por fim, Nazar indica que a regulação equilibrada pode representar uma boa oportunidade para que o Brasil se apresente como uma nova potência de inovação.