Bitcoin: As 10 principais dicas para todo iniciante em BTC
Bitcoin não reside no seu dispositivo A expressão “carteira de hardware” pode sugerir que o seu bitcoin está fisicamente dentro da própria carteira, mas isso não é verdadeiro – o bitcoin nunca está fisicamente no seu dispositivo. Na realidade, sua carteira apenas gera e guarda as chaves necessárias. Ela também facilita o acesso a essas chaves, seja conectando seu dispositivo a um computador convencional ou compartilhando informações com ele através de um cartão microSD. Então, onde exatamente o bitcoin está armazenado? O bitcoin é registrado no blockchain, um registro público de todas as transações já realizadas e os saldos de todas as contas na rede. Em vez de armazenar o bitcoin em si, a carteira de hardware protege e guarda as chaves necessárias para acessar – ou gastar – o bitcoin associado a essas contas. Você pode restaurar sua frase inicial para outra carteira de hardware Quando você está configurando uma carteira de hardware para Bitcoin de acordo com as práticas recomendadas atuais, é comum ser solicitado a fazer o backup da sua carteira usando uma frase de 12 ou 24 palavras. Geralmente, essa frase é escrita em um pedaço de papel, conforme sugerido pelo fabricante, para que você possa protegê-la no caso de ocorrer algum problema com a sua carteira. Essas palavras compõem a sua frase-semente, conforme definido na Proposta de Melhoria do Bitcoin 39, ou BIP39. Sua frase-semente é comparável à “chave mestra do castelo”, pois ela contém todas as informações necessárias para recuperar e utilizar as chaves associadas a todos os endereços protegidos por essa frase-semente. Uma vantagem das frases-semente conforme o padrão BIP39 é a sua interoperabilidade entre diferentes carteiras de hardware que o suportam. Isso significa que você pode recuperar o backup da sua carteira Bitcoin (a frase-semente) em outra marca de carteira de hardware. Por exemplo, se você inicialmente configurou sua carteira Bitcoin em um Trezor e deseja mudar para um Coldcard, é tão simples quanto importar essas 12 ou 24 palavras. Você não precisa da sua carteira de hardware para receber Com o dinheiro físico, transações seguras e sem confiança exigem presença física de ambas as partes. O Bitcoin resolve isso no mundo digital. Se você deseja receber bitcoin, mas não tem sua carteira de hardware em mãos, ainda pode receber um pagamento para o endereço apropriado. Como mencionado anteriormente, o bitcoin não está armazenado na sua carteira de hardware; ele existe no blockchain do bitcoin. Portanto, contanto que você ou outra pessoa envie bitcoin para um endereço cujo controle você tenha as chaves privadas, você poderá sempre movimentar esses fundos, mesmo sem acesso físico ao seu dispositivo. Se o bitcoin for enviado para um endereço que você sabe que controla, ele será recebido sem problemas em segundo plano, sem sua intervenção. O que isso implica para você é que, se você configurar uma carteira multisig e guardar suas carteiras de hardware ou frases iniciais em locais seguros, não precisará necessariamente ter acesso físico a elas para depositar fundos. Um dispositivo usado como chave em multisig ainda pode ser usado como carteira singlesig A abordagem de Multisig implica na criação de uma carteira que utiliza as chaves públicas de diversos dispositivos, cada um desses dispositivos também sendo capaz de funcionar como uma carteira independente padrão. Ao estabelecer uma carteira Multisig conforme os procedimentos convencionais, as carteiras individuais pré-existentes não têm conhecimento da existência da carteira Multisig. Pode-se fazer uma analogia com um endereço de e-mail de grupo que redireciona para vários endereços de e-mail individuais. Dessa forma, é possível armazenar pequenas quantias de bitcoin em carteiras individuais, enquanto a riqueza principal é mantida em uma carteira Multisig construída usando um desses dispositivos como uma das chaves. Confirme seu endereço de depósito multisig As transações de Bitcoin são permanentemente irreversíveis, o que implica que enviar Bitcoin para o endereço errado pode resultar na perda permanente dos fundos. No entanto, o uso de carteiras de hardware oferece uma solução. Antes de enviar os fundos, é possível verificar o endereço Bitcoin multisig diretamente no dispositivo. Essa verificação confirma três aspectos importantes: A correta construção do endereço (por exemplo, se é um multisig 2 de 3 e não 2 de 5, onde um invasor adicionou chaves extras e controla os fundos). A integridade do computador em uso, garantindo que não tenha sido comprometido por malware que possa substituir endereços bitcoin legítimos pelo endereço de um invasor. A presença de uma chave correspondente ao endereço no dispositivo. Essa verificação deve ser realizada antes de enviar quantias consideráveis de fundos para qualquer tipo de endereço, seja singlesig ou multisig. Na época deste texto, as plataformas Trezor e Coldcard ofereciam suporte à verificação de endereços de depósito multisig na plataforma Unchained. Você não precisa de seus dispositivos fisicamente juntos para assinar Com o multisig, não é necessário ter todas as suas chaves no mesmo local e momento para gastar bitcoin. Isso significa que você pode assinar uma transação em Austin com uma chave e, posteriormente, assinar outra transação em Dallas com outra chave, até mesmo em dias diferentes. A transmissão da transação só ocorre após a coleta de todas as assinaturas necessárias (por exemplo, duas em um esquema multisig 2 de 3). Essa flexibilidade representa uma vantagem significativa em comparação com outros modelos de custódia de bitcoin, como o esquema de compartilhamento secreto de Shamir. Nesse esquema, você pode distribuir o controle sobre sua chave privada de bitcoin, dividindo-a em várias partes (segredos). No entanto, é necessário que todas as partes estejam presentes simultaneamente para recompilar uma única chave e criar uma transação. Você pode cometer um erro no multisig e ainda assim recuperar seus fundos Em todas as configurações de bitcoin multisig, onde o número de chaves necessárias para assinar (m) é menor que o número total de chaves no conjunto (n), você está protegido contra falhas únicas e ainda tem a capacidade de recuperar seus fundos mesmo se um ou mais componentes críticos forem perdidos, roubados ou comprometidos. Por exemplo, em configurações de multisig 2 de 3,
Wallets de Criptomoedas: Guia completo sobre como gerenciar seus ativos digitais com segurança
As carteiras virtuais, ou wallets, representam a espinha dorsal do universo das criptomoedas, fornecendo uma infraestrutura vital para a custódia, transferência e recebimento desses ativos digitais. Sua importância transcende a mera conveniência, sendo fundamentais para garantir a integridade e a soberania financeira dos usuários neste novo paradigma monetário. Neste guia exaustivo, adentraremos nas entranhas das wallets, desvendando os intricados mecanismos que as sustentam, discutindo sua robusta segurança, elencando suas vantagens e desvantagens, oferecendo orientações preciosas sobre as melhores práticas a serem adotadas e delineando a diversidade de modelos disponíveis para atender às diversas necessidades e preferências dos investidores. Por que precisamos de Wallets de Criptomoedas? As criptomoedas, como o Bitcoin e o Ethereum, representam uma forma de dinheiro digital descentralizado. Isso significa que não há uma autoridade central, como um banco ou governo, que controle ou regule essas moedas. Em vez disso, elas operam em uma rede peer-to-peer, onde as transações são registradas e verificadas por uma comunidade de usuários. Para acessar e controlar suas criptomoedas, os usuários precisam de uma chave privada única, que funciona como uma espécie de assinatura digital. Essa chave privada é essencial para autorizar transações na rede blockchain, que é a tecnologia subjacente que sustenta as criptomoedas. As wallets, ou carteiras de criptomoedas, são as ferramentas que permitem aos usuários gerenciar suas chaves privadas e, consequentemente, suas moedas digitais. Existem vários tipos de carteiras, incluindo carteiras de software, carteiras de hardware e carteiras online. Cada uma tem suas próprias características em termos de segurança e conveniência. As transações de criptomoedas são registradas de forma pública e imutável em um livro-razão digital chamado blockchain. Isso garante transparência e segurança às transações, uma vez que qualquer pessoa pode verificar a validade de uma transação consultando o blockchain. No entanto, é importante ressaltar que, como em qualquer forma de investimento, as criptomoedas têm seus próprios riscos. A volatilidade do mercado, preocupações com segurança e regulamentação são alguns dos fatores que os investidores devem considerar ao entrar no mundo das criptomoedas. Como Funcionam as Wallets? As wallets, ou carteiras de criptomoedas, são essenciais para armazenar, enviar e receber moedas digitais de forma segura e eficiente. Elas operam por meio de um par de chaves: a chave pública e a chave privada. A chave pública serve como o endereço único para o qual as criptomoedas podem ser enviadas. É como o número de conta bancária que você compartilha com outras pessoas para receber pagamentos. No entanto, ao contrário de um número de conta bancária, a chave pública não contém informações pessoais identificáveis. Por outro lado, a chave privada é uma senha criptografada, gerada junto com a chave pública, que concede acesso aos fundos armazenados na carteira. É crucial manter essa chave privada em segredo, pois quem a possui pode acessar e gastar os fundos associados à carteira. Perder ou comprometer a chave privada pode resultar na perda irreversível dos ativos digitais. Ao enviar criptomoedas para outra pessoa, você utiliza a chave pública associada à carteira dela. Essa transação é registrada na blockchain, um livro-razão descentralizado e imutável, que é mantido por uma rede de computadores distribuídos. Essa rede verifica e valida a transação, garantindo sua autenticidade e segurança. Por outro lado, para acessar e gastar seus próprios fundos, você utiliza sua chave privada. Essa chave é usada para assinar digitalmente as transações, comprovando que você é o proprietário legítimo dos ativos. Essas transações também são registradas na blockchain, garantindo a integridade e a imutabilidade do histórico de transações de cada carteira. Essa arquitetura descentralizada e baseada em criptografia é fundamental para a segurança e a confiabilidade do ecossistema das criptomoedas, permitindo que os usuários tenham controle total sobre seus ativos digitais sem depender de instituições financeiras tradicionais. Segurança das Wallets A segurança das wallets é uma preocupação fundamental para os usuários de criptomoedas. Existem diferentes tipos de wallets, cada uma com níveis variados de segurança: Wallets Online (ou “Hot Wallets”): Essas são carteiras que estão constantemente conectadas à internet, geralmente oferecidas por exchanges de criptomoedas. Enquanto são convenientes para transações rápidas e frequentes, elas estão mais expostas a ataques cibernéticos. Os hackers podem tentar acessar as chaves privadas dessas carteiras através de brechas de segurança nas plataformas das exchanges. Para mitigar os riscos associados às wallets online, os usuários devem escolher exchanges confiáveis com uma forte reputação em segurança. Além disso, é essencial habilitar todas as opções de segurança oferecidas pela plataforma, como autenticação de dois fatores (2FA) e notificações de login. Manter apenas a quantidade necessária de criptomoedas em uma wallet online e transferir os fundos para uma wallet offline quando não estiverem em uso também é uma prática recomendada. Wallets Offline (ou “Cold Wallets”): Estas são carteiras que operam sem uma conexão constante com a internet, proporcionando um nível mais elevado de segurança. As hardware wallets, por exemplo, são dispositivos físicos que armazenam as chaves privadas de forma criptografada. Como essas carteiras não estão conectadas à internet, os hackers têm dificuldade em acessar as chaves privadas. As paper wallets são outra forma de cold wallet, onde as chaves privadas são impressas em papel. Embora sejam bastante seguras contra ataques cibernéticos, as paper wallets podem ser vulneráveis a danos físicos ou perda. Para manter a segurança das wallets offline, é importante armazenar esses dispositivos e documentos em locais seguros, protegidos contra roubo, incêndio ou danos. Fazer backups das chaves privadas e guardá-los em locais separados também é recomendado para evitar a perda irreparável de fundos. Wallets de Software: Estas são carteiras que existem na forma de aplicativos instalados em computadores ou dispositivos móveis. A segurança dessas wallets depende da segurança do dispositivo em que estão instaladas. Se o dispositivo estiver comprometido por malware ou vírus, as chaves privadas e os fundos armazenados na wallet de software podem estar em risco. Para proteger as wallets de software, os usuários devem manter seus dispositivos atualizados com os últimos patches de segurança e utilizar software antivírus confiável. Além disso, é importante evitar o acesso não autorizado ao dispositivo, definindo senhas fortes