Em março de 2024, a indústria de mineração de bitcoin experimentou um notável crescimento, impulsionada pela ascensão dos preços das criptomoedas a níveis históricos.

De acordo com um relatório do JPMorgan, essa conjuntura resultou em um aumento da lucratividade da mineração.

Bitcoin

O estudo chega em um momento crucial para o setor, às vésperas do evento de halving do bitcoin programado para 16 de abril de 2024. Este evento tem potencial para modificar as recompensas dos mineradores e a rentabilidade geral da mineração.

O preço médio do bitcoin alcançou quase US$ 67.600 em março, registrando seu maior patamar já documentado, e fechou o mês com uma média móvel de sete dias em torno de US$ 69.900. Esse aumento representa um salto de 25% em relação ao mês anterior, com a volatilidade anualizada atingindo 65% em março, em comparação com os 42% de fevereiro.

A taxa de hash média diária da rede atingiu um novo recorde de 600 EH/s (exahashes por segundo) em março, um aumento de 4% em relação a fevereiro e um crescimento anual de 80%. Este aumento indica uma competição crescente entre os mineradores e demonstra otimismo no setor.

Apesar desses indicadores positivos, o próximo halving do bitcoin, que reduzirá a recompensa por bloco de 6,25 para 3,125 bitcoins, traz incertezas sobre a rentabilidade futura da mineração. O relatório sugere que o halving pode resultar em uma queda na rentabilidade em abril, a menos que seja compensado por um aumento substancial no preço do bitcoin ou uma redução significativa na taxa de hash da rede.

A receita média diária da recompensa por bloco por exahash para os mineradores foi estimada em US$ 100.400 em março, o valor mais alto desde agosto de 2022, representando um aumento sequencial de 33%. Esse aumento na rentabilidade foi atribuído ao crescimento do preço do bitcoin, superando o aumento da taxa de hash da rede.

O relatório também destaca o desempenho das empresas de mineração de bitcoin listadas nos EUA, observando que o valor de mercado agregado de 14 mineradoras monitoradas cresceu 3% em relação ao mês anterior, atingindo US$ 20 bilhões. Este valor corresponde a 42% da oportunidade de receita de quatro anos, com base nas projeções do JPMorgan.

Entre as empresas listadas, a Cipher Mining Inc (NASDAQ:CIFR) se destacou com um aumento de 74%, enquanto a Bitfarms Ltd (NASDAQ:BITF) registrou uma queda de 22%, sendo marcada como a menos favorável do mês.

Movimentação recente de preços do Bitcoin

Nos últimos dias, a principal criptomoeda do mundo tem mantido uma média em torno de US$ 70.000, enquanto outras moedas digitais seguem um padrão semelhante, após alcançarem novos recordes acima de US$ 73.600. No entanto, o mercado de criptomoedas parece estar à beira de uma mudança significativa.

O segundo trimestre traz consigo eventos importantes para os ativos digitais, com destaque para o halving da rede BTC, programado para este mês de abril.

O halving, que reduz pela metade as recompensas para os mineradores de bitcoin, é conhecido por limitar o aumento da oferta e, historicamente, impulsionar o preço da moeda, tanto por expectativa quanto por impacto direto.

Outro ponto de interesse para o trimestre é a possível aprovação dos ETFs de ethereum, com alguns especialistas prevendo maio como um mês crucial.

Além disso, o mercado está atento à possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduzir as taxas de juros em junho, o que poderia afetar todos os setores econômicos.

Os próximos meses prometem ser agitados para o universo das criptomoedas, podendo resultar em novos recordes de valorização ou, em caso de reviravoltas negativas, em um impacto no mercado.

Enquanto o halving do bitcoin é certo, a aprovação dos ETFs de ethereum e a redução das taxas de juros pelo Fed ainda são incertas, podendo gerar grandes expectativas ou decepções entre os investidores de criptomoedas.

Fundos cripto se recuperam após semana de resgates recordes

Depois de uma semana marcada por retiradas sem precedentes, os fundos de investimento em criptoativos viram um retorno a um fluxo líquido positivo.

Na última semana, os ETFs de bitcoin viram um respiro, com entradas líquidas de US$ 862 milhões, principalmente concentradas em fundos à vista. Essa movimentação positiva se refletiu no preço da criptomoeda, revertendo a tendência de queda das semanas anteriores e alcançando um aumento de 6%, chegando a US$ 71.000.

De acordo com a CoinShares, o mercado dos Estados Unidos viu uma entrada de US$ 897 milhões, enquanto Canadá e Europa testemunharam retiradas, com o Canadá liderando a saída de capital com US$ 20 milhões, seguido pela Suíça e Alemanha.

Quanto às gestoras de ativos, BlackRock e Fidelity captaram, respectivamente, US$ 617 milhões e US$ 610 milhões. No entanto, a Grayscale enfrentou resgates de US$ 960 milhões, reduzindo seu total sob gestão para US$ 34,9 bilhões. Após as movimentações da última semana, o montante total sob gestão das empresas alcançou US$ 97,9 bilhões.

Dos fundos analisados, US$ 865 milhões foram destinados a fundos de bitcoin, enquanto o fundo Short bitcoin viu uma saída modesta de US$ 2 milhões. No segmento de altcoins, Solana registrou um influxo de US$ 6,1 milhões, com seu preço se recuperando em 10% na semana, alcançando US$ 204 antes do início da nova semana.

Por outro lado, os fundos de ethereum destacaram-se por uma retirada de US$ 18,9 milhões. Com as retiradas recentes, os fundos baseados em ethereum acumularam saídas de US$ 67,2 milhões no mês de março.

O JPMorgan (NYSE:JPM) reportou vendas de cerca de US$ 184 milhões nos ETFs de bitcoin à vista dos EUA na última quinta-feira. O BITB da Bitwise teve destaque com US$ 67 milhões em entradas, superando a média diária de US$ 30 milhões. A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) tem observado o desempenho desses fundos, cujas entradas líquidas têm causado maior volatilidade no mercado de criptomoedas.

Veja também: Proteção: Os sete pecados capitais da privacidade criptografada

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