Conheça a carteira de autocustódia Satsails, com Bitcoin, Lightning Network e mais
Alan Schrammco-autor do livro Bitcoin Red Pill, anunciou o lançamento da carteira de autocustódia Satsails. Dentre os destaques estão as criptomoedas compatíveis, desde Bitcoin até stablecoins como USDT, EURx e DePix. Em comparação com outras carteiras, a Satsails oferece suporte em portuguêsalgo difícil de ser encontrado no mercado. Além disso, também dá suporte a soluções de segunda-camada do Bitcoin. Disponível apenas para Android neste primeiro momento, a carteira pode ser baixada de graça no Google Play. Carteira dá acesso tanto a Lightning Network quanto a Liquid Network Um dos destaques da carteira é a integração da Rede relâmpago é sim Rede Líquidaduas soluções de segunda camada que oferecem transações mais rápidas, baratas e com maior privacidade. UM Satsails é uma carteira de autocustódia, permitindo que o usuário tenha controle total sobre seus fundos. Dentre as criptomoedas compatíveis estão Bitcoin, USDT, EURx, DePix e outras. “Wallet Satsails é projetada para ser sua carteira digital definitiva, unindo a praticidade do Bitcoin e stablecoins em um único aplicativo poderoso.” “Com a Wallet Satsails, você terá todas as ferramentas necessárias em uma plataforma intuitiva e fácil de usar”aponta a descrição da carteira. “Nossa missão é proporcionar a liberdade de gerenciar suas finanças de maneira autônoma, capacitando você a ter controle total sobre seu dinheiro como nunca antes.” Satsails, carteira de autocustódia de Bitcoin e outras criptomoedas lançada por Alan Schramm. Um diferencial da Satsails em relação a outras carteiras é a integração do DePixuma stablecoin integrada ao sistema de pagamento PIX que funciona na Liquid Network do Bitcoin. Com isso é possível comprar DePix na própria carteira e então converter o valor para Bitcoin. As taxas aplicadas são de 2% para quem não utilizar um código de afiliado e 1,5% para quem utilizar, oferecendo 0,2% pela angariação de um novo usuário. Embora esteja disponível apenas para Android neste primeiro momento, a equipe planeja lançar a carteira para dispositivos iOS em breve. Outro diferencial é o suporte, oferecido tanto em português quanto em inglês7 dias por semana. Por fim, vale notar que a Satsails é uma carteira de código aberto, permitindo que qualquer pessoa ou empresa de segurança verifique seu código através do Github.
Hackathon para redes Bitcoin e Lightning distribuirá R$ 85 mil
A Vinteum anunciou o II SatsHackhackathon focado no desenvolvimento de soluções práticas utilizando o Bitcoin e a Lightning Network. As inscrições já estão abertas e os vencedores serão revelados em novembro na Satsconf 2024. Ó II SatsHack é promovido pela Vinteum. O hackaton, portanto, visa estimular os construtores e desenvolvedores a construírem soluções impactantes e inovadoras para a América Latina. Assim, para estimular a competição serão distribuídos mais de R$ 85 mil em prêmios. Além disso, o hackathon tem o intuito de capacitar construtores e promover a colaboração. Leia mais: O que é o Halving do Bitcoin? – Tudo o que você precisa saber Entre os temas sugeridos estão: contribuições de código aberto, inovações da Lightning Network, inclusão financeira, educação Bitcoin, ferramentas da comunidade e protocolos descentralizados. Desta forma, a participação no hackathon pode ser individual ou em equipe. Assim, estão elegíveis profissionais de diversas áreas, como: Desenvolvedor Bitcoin e Lightning; Designer (UI/UX, Visual); Gerentes de produtos; Desenvolvedores de negócios; Criadores de conteúdo; Educadores Bitcoin; Cientistas de dados; Profissionais de marketing. Em seguida, um júri deverá aprovar os projetos, e os destaques receberão mentoria para se apresentarem na Satsconf, no dia 8 de novembro. O anúncio dos vencedores ocorrerá no dia seguinte. O melhor projeto receberá o prêmio de R$ 30 mil, o segundo colocado R$ 20 mil e o terceiro, R$ 10 mil. Além disso, categorias especiais como design e pitch podem receber prêmios de R$ 5 mil cada. “A ideia do SatsHack é apresentar projetos que impactem a realidade da América Latina utilizando Bitcoin e a Lightning Network. Acreditamos que com criatividade e a devida mentoria, seremos capazes de ajudar os participantes a construir soluções inovadoras para solucionar problemas do mundo real”, afirma o diretor executivo da Vinteum, Lucas Ferreira. Confira as etapas do hackaton: Até 10 de outubro – inscrições; De 12 a 15 de outubro – construção de ideias e formação de equipes; De 16 de outubro a 5 de novembro – workshops e hacking; 5 de novembro – envio de projetos.
Brasil tem entradas positivas em cripto após decisão do Fed
Fluxo Positivo nos Investimentos em Cripto no Brasil Um relatório da CoinShares revelou que o Brasil registrou um fluxo positivo de investimentos em fundos de criptomoedas após a redução das taxas de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed). Na semana que terminou em 20 de setembro, as entradas foram de cerca de US$ 1,4 milhão. Cenário Global de Investimentos No mesmo período, o total de investimentos em criptomoedas no mundo alcançou um fluxo positivo de US$ 321 milhões. Brasil em Destaque nos Investimentos em Cripto Entre os oito países analisados pela CoinShares, o Brasil se destacou com resultados positivos. Os Estados Unidos e a Suíça lideraram a lista, com fluxos de US$ 277 milhões e US$ 63,4 milhões, respectivamente. Por outro lado, a Austrália teve fluxo neutro, enquanto a Alemanha (-US$ 9,5 milhões), o Canadá (-US$ 2,3 milhões), Hong Kong (-US$ 1,3 milhões) e a Suécia (-US$ 7,8 milhões) apresentaram fluxos negativos. Destino dos Investimentos A maior parte dos investimentos foi direcionada ao Bitcoin (BTC), que recebeu US$ 284 milhões. Solana (SOL), Litecoin (LTC) e Ripple (XRP) atraíram, respectivamente, US$ 3,2 milhões, US$ 200 mil e US$ 100 mil. Em contraste, Ethereum (ETH), Binance Coin (BNB) e Cardano (ADA) registraram saídas de US$ 28,5 milhões, US$ 700 mil e US$ 200 mil, respectivamente. Análise das Tendências “O Ethereum se destaca como uma exceção, com saídas por cinco semanas consecutivas. Isso se deve a retiradas significativas do Grayscale Trust e à baixa entrada de novos ETFs. Enquanto isso, os investimentos em Solana têm apresentado entradas modestas, mas constantes”, comentou a CoinShares. Além disso, essa foi a segunda semana consecutiva de fluxos positivos. Na segunda semana de setembro, o mercado de cripto recebeu um aporte de US$ 438 milhões, resultando em um desempenho que supera a queda de US$ 725 milhões observada na primeira semana do mês. Impacto da Decisão do Fed A CoinShares acredita que os fluxos positivos estão diretamente relacionados à decisão do Fed de reduzir a taxa de juros em 0,5 pontos base. “Como resultado, o total de ativos sob gestão (AuM) cresceu 9%. Os volumes totais de investimento em produtos de criptomoedas atingiram US$ 9,5 bilhões, também apresentando um aumento de 9% em relação à semana anterior”.
Forks do Bitcoin: caminhos para a inovação ou forças disruptivas?
A Evolução do Bitcoin: Forks e Seus Impactos Desde sua criação em 2009, o Bitcoin passou por diversas bifurcações, que resultaram em novas criptomoedas e adaptações do protocolo original. Em maio de 2024, mais de 100 forks do Bitcoin estavam ativos, variando em níveis de adoção e sucesso. Essas bifurcações geraram intensos debates dentro da comunidade cripto. Alguns a consideram como impulsionadoras de inovação, enquanto outros veem nelas uma ameaça à estabilidade e aos princípios fundamentais da rede. Hoje, vamos explorar as razões por trás dessas bifurcações, seus resultados e o que elas representam para o futuro do Bitcoin. Principais bifurcações do Bitcoin e seu impacto Embora a comunidade inicial do Bitcoin não fosse homogênea, houve tentativas bem-sucedidas de implementar a visão de Satoshi Nakamoto. O primeiro grande cisma ocorreu com o Bitcoin XT em 2014, que dividiu a comunidade, mas ensinou importantes lições sobre governança. Esse cisma surgiu devido ao desejo de aumentar o tamanho do bloco de 1 para 8 megabytes, mas muitos acharam isso excessivo. Surgiu então o Bitcoin Classic (atualmente desativado), que propôs blocos de 2 MB, seguido pelo Bitcoin Unlimited, que defendia blocos de 16 MB. Entre as bifurcações mais significativas, que ainda repercutem hoje, estão: Bitcoin Cash (BCH) Lançado em 1º de agosto de 2017, o Bitcoin Cash (BCH) resultou de um hard fork do Bitcoin, visando resolver os problemas de escalabilidade, como lentidão nas transações e altas taxas de custo associadas ao limite de 1 MB por bloco. Defensores do BCH, como Roger Ver, argumentaram que aumentar o tamanho do bloco permitiria realizar mais transações de uma só vez, reduzindo taxas e acelerando os processos. Após seu surgimento, o Bitcoin Cash rapidamente ganhou atenção e foi adotado por várias exchanges. Inicialmente, teve um aumento significativo em valor, alcançando uma capitalização de mercado relevante. Com o tempo, o Bitcoin Cash evoluiu, recebendo atualizações contínuas que buscavam melhorar sua funcionalidade e escalabilidade. Apesar disso, enfrenta concorrência de outras criptomoedas que também prometem baixas taxas e rapidez nas transações, e os debates sobre escalabilidade e custos continuam a influenciar seu desenvolvimento. Bitcoin SV (BSV) O Bitcoin SV (Satoshi Vision) surgiu em 15 de novembro de 2018, após uma controvérsia dentro do Bitcoin Cash. A bifurcação foi motivada por desacordos sobre aumentos no tamanho do bloco e a direção do desenvolvimento do BCH, liderada por Craig Wright e Calvin Ayre, que buscavam reverter para a visão original de Satoshi Nakamoto. O Bitcoin SV ampliou significativamente o limite do tamanho do bloco, inicialmente para 128 MB e depois para 2 GB, permitindo um volume maior de transações. Seus defensores argumentam que esse tamanho é essencial para suportar aplicações empresariais e altos volumes de transações. Entretanto, esse aumento também gerou preocupações sobre a centralização, uma vez que manter um nó completo torna-se mais exigente em termos de recursos. O Bitcoin SV continua sendo um fork polêmico, e seu enfoque em tamanhos de bloco grandes e alta capacidade de transações o posiciona de forma única no cenário cripto, embora ainda enfrente desafios para ganhar aceitação ampla, com a Coinbase o descontinuando em 2023. Bitcoin Gold (BTG) Criado em 24 de outubro de 2017, o Bitcoin Gold buscou descentralizar a mineração de Bitcoin, mudando o algoritmo de SHA-256 para Equihash, que é mais resistente ao uso de hardware especializado. Essa modificação visou tornar a mineração mais acessível a indivíduos comuns, reduzindo o controle de grandes fazendas mineradoras. Embora tenha recebido atenção inicial e sido adotado por várias exchanges, o Bitcoin Gold enfrentou desafios de segurança, como um ataque de 51% em 2018. Atualmente, o Bitcoin Gold permanece como um participante menor no mercado cripto, focando na descentralização da mineração, mas lutando para alcançar a mesma aceitação que o Bitcoin Cash e o Bitcoin SV. Motivações por trás dos forks do Bitcoin As bifurcações do Bitcoin ocorrem por uma variedade de razões, que vão de motivações ideológicas a questões técnicas e econômicas. Uma das principais motivações tem sido a necessidade de resolver problemas de escalabilidade. Com o aumento da popularidade do Bitcoin, a rede enfrentou dificuldades para gerenciar um número crescente de transações, resultando em confirmações mais lentas e taxas mais elevadas. Além disso, algumas bifurcações surgiram para introduzir melhorias técnicas ou novos recursos ao protocolo, como mudanças no mecanismo de consenso ou recursos de privacidade. Disputas pessoais, diferenças ideológicas e interesses financeiros também desempenharam um papel na criação de forks. A volatilidade de forks como o Bitcoin SV e o Bitcoin Cash mostra que alguns os consideravam oportunidades de investimento. Por exemplo, o Bitcoin Cash, após sua separação em agosto de 2017, viu seu preço disparar para cerca de US$ 4.355 em dezembro do mesmo ano, estabilizando-se depois entre US$ 200 e US$ 500 nos anos subsequentes. O impacto das bifurcações no Bitcoin As bifurcações do Bitcoin, além de sua ameaça direta ao BTC, tiveram efeitos tangíveis e intangíveis na comunidade de criptomoedas. Embora não tenham surgido como soluções definitivas para problemas financeiros, seu impacto é inegável. Volatilidade do Mercado As bifurcações frequentemente resultam em alta volatilidade de mercado. Por exemplo, a criação do Bitcoin Cash em agosto de 2017 causou flutuações significativas nos preços do Bitcoin e do BCH. Antes da bifurcação, o Bitcoin estava cotado a aproximadamente US$ 2.800, caindo para US$ 2.700 logo após. O BCH começou a ser negociado a cerca de US$ 555. O Bitcoin SV também experimentou oscilações drásticas em seu preço, atingindo um pico de cerca de US$ 441,20 em janeiro de 2020, mas caindo para aproximadamente US$ 63 em junho de 2024. Essas variações são frequentemente alimentadas por especulações de investidores e manipulações de mercado. Escalabilidade e desenvolvimento de rede As bifurcações estimularam debates e avanços significativos em relação à escalabilidade do Bitcoin. As limitações da rede original, como o tamanho de bloco de 1 MB e um tempo de criação de bloco de 10 minutos, restringem sua capacidade de transações. Isso levou à criação do Bitcoin Cash, que aumentou o tamanho do bloco para 8 MB. Essas bifurcações ressaltaram a necessidade
Investidor perde R$ 50 mil em golpe com criptomoedas e processa Caixa Econômica Federal
Investidor de Brusque processa Caixa Econômica Federal após golpe com criptomoedas Um investidor de Brusque, em Santa Catarina, cuja identidade permanece anônima, entrou com uma ação judicial contra a Caixa Econômica Federal (CEF) após ser vítima de um golpe de criptomoedas na internet. Conforme informações do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o processo tramita na 3ª Vara da Federal em Itajaí. O prejuízo total da vítima foi de R$ 52,5 mil, quantia transferida através de outras instituições financeiras. O juiz responsável pelo caso esclareceu que, aparentemente, não houve invasão nas contas do investidor. Assim, ele realizou os envios de forma consciente, o que isenta o banco de qualquer responsabilidade. Golpe de criptomoedas leva investidor a processar a Caixa Econômica Federal O empresário relatou que, em agosto de 2023, encontrou uma proposta de investimento em uma rede social por meio do perfil de uma amiga. A promessa de alta rentabilidade em curto prazo o levou a contatar o perfil e manifestar interesse em investir. Como resultado, ele fez sete transferências via PIX para contas dos golpistas, utilizando diferentes instituições, inclusive a Caixa. No dia seguinte às transferências, ao tentar retirar seu lucro, percebeu que não conseguiria reaver os valores e concluiu que tinha sido enganado. O juiz André Luís Charan comentou que as transferências foram feitas com o conhecimento do correntista, que usou os sistemas de segurança disponíveis, incluindo sua senha. As notificações ao autor da ação e à Caixa foram emitidas na última quinta-feira (19/9). Instituições financeiras negam devolução dos valores Após os bancos recusarem os pedidos de reembolso, o empresário recorreu à justiça. Ele argumentou que as instituições não deveriam ter permitido transações fora do padrão habitual. O processo contra os bancos privados foi arquivado por falta de competência da Justiça Federal, sendo analisada apenas a responsabilidade da Caixa. O juiz observou que, ao continuar realizando as operações, o autor estava ciente dos limites para transferências diárias e, caso necessário, poderia ter solicitado ao banco um aumento de limite para investir nas criptomoedas. Charan concluiu que não houve qualquer ação das instituições financeiras que pudesse ser considerada a causa imediata dos danos. Além disso, ao fazer as transferências, o autor não confirmou a identidade dos beneficiários, que não tinham relação com a suposta pessoa com a qual ele acreditava estar negociando. O TRF4 informou que o processo ainda pode ser objeto de recurso.
Queda Histórica Bolsas Globais 2024
A recente queda histórica nas bolsas globais foi impulsionada por dados negativos do mercado de trabalho dos EUA e possível recessão. Entenda! A semana passada começou com um impacto significativo nos mercados financeiros ao redor do mundo, com uma queda histórica das bolsas globais. Esse declínio foi amplamente impulsionado pelos temores de uma recessão nos Estados Unidos, após a divulgação de dados negativos sobre o mercado de trabalho americano. A preocupação com a desaceleração da maior economia do mundo gerou incertezas e uma onda de vendas nos mercados financeiros internacionais. Continue a leitura para mais informações! O Que Gerou a Queda? Dados Negativos do Mercado de Trabalho dos EUA No início da semana, o Instituto de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos divulgou dados que mostraram uma desaceleração na criação de vagas de emprego e um aumento na taxa de desemprego para 4,3%. Esses números foram um sinal de alerta para os investidores, indicando uma possível desaceleração econômica. O mercado de trabalho é um dos principais indicadores da saúde econômica, e uma criação menor de empregos, combinada com uma alta no desemprego, pode sinalizar problemas futuros para a economia. O aumento da taxa de desemprego e a menor criação de vagas são frequentemente interpretados como sinais de uma desaceleração econômica iminente. Leia mais: Preocupante? Poupança tem retirada de R$ 908,622 milhões em julho Impacto Global da Queda nas Bolsas Imagem: Igor Faun / Shutterstock.com Reação dos Mercados Asiáticos Os mercados asiáticos foram os primeiros a reagir à notícia com uma queda expressiva. O Nikkei 225 em Tóquio, um dos principais índices da Ásia, sofreu uma perda superior a 12%. Outros mercados asiáticos, como a China, Coreia do Sul e Hong Kong, também enfrentaram quedas significativas. A incerteza e o medo de uma recessão nos EUA se espalharam rapidamente pelos mercados financeiros globais, resultando em perdas generalizadas. Influência no Mercado Brasileiro No Brasil, a bolsa de valores não ficou imune ao impacto global. O índice futuro do Ibovespa despencou quase 4% na pré-abertura, refletindo a sensibilidade do mercado brasileiro a crises externas. A instabilidade nos mercados internacionais pode ter um efeito dominó, afetando não apenas o Brasil, mas também outras nações emergentes que estão interligadas com a economia global. Criptomoedas e Outros Ativos Além das bolsas de valores, outros ativos financeiros também sofreram com a queda. As criptomoedas, que frequentemente são vistas como investimentos de risco, tiveram perdas significativas. O Bitcoin e o Ethereum, duas das maiores criptomoedas por valor de mercado, registraram quedas notáveis. A diminuição da confiança dos investidores e o aumento das tensões no Oriente Médio contribuíram para a desvalorização desses ativos. Fatores Adicionais Contribuintes Aumento das Tensões no Oriente Médio O cenário de incerteza global foi exacerbado pelo aumento das tensões no Oriente Médio. Conflitos e instabilidades nessa região podem afetar os mercados financeiros devido ao impacto potencial sobre os preços do petróleo e as rotas comerciais internacionais. Essas tensões adicionaram mais pressão sobre os mercados financeiros já instáveis. Políticas Monetárias e Decisões dos Bancos Centrais As decisões de política monetária também desempenham um papel crucial nas flutuações do mercado. O Banco Central do Japão, por exemplo, decidiu aumentar as taxas de juros em um momento de incerteza econômica global. O Federal Reserve (Fed) dos EUA, por outro lado, optou por reduzir suas taxas, buscando estimular a economia. Essas decisões influenciam a dinâmica dos mercados financeiros e podem contribuir para a volatilidade global. O Que Esperar no Futuro? Imagem: Ground Picture / Shutterstock.com Reavaliação das Políticas Econômicas Com a atual volatilidade, é crucial que os investidores acompanhem de perto as decisões dos bancos centrais e as condições macroeconômicas globais. A política monetária e fiscal será fundamental para estabilizar os mercados e conter a inflação. A atuação cuidadosa e a comunicação clara dos responsáveis por essas políticas podem ajudar a restaurar a confiança dos investidores. Dicas para Investidores É essencial que os investidores analisem com cautela as notícias econômicas e os dados do mercado. Tomar decisões informadas pode ajudar a mitigar os riscos associados à volatilidade; Diversificar os investimentos pode ajudar a reduzir o risco de perdas significativas durante períodos de instabilidade econômica; Acompanhar as atualizações econômicas e as decisões dos bancos centrais pode fornecer insights importantes sobre o rumo dos mercados financeiros; Buscar a orientação de consultores financeiros pode ser benéfico para desenvolver estratégias de investimento adaptadas ao cenário econômico atual. Considerações Finais A recente queda histórica nas bolsas globais reflete as complexidades e interconexões da economia global. Dados negativos sobre o mercado de trabalho dos EUA, junto com tensões geopolíticas e decisões de política monetária, têm influenciado a estabilidade dos mercados financeiros. À medida que o cenário econômico continua a evoluir, a vigilância constante e uma abordagem estratégica serão essenciais para lidar com a volatilidade e proteger os investimentos. Entender os fatores que contribuem para a instabilidade econômica e ajustar as estratégias de investimento de acordo com as condições do mercado pode ajudar a navegar por esse período de incerteza e encontrar oportunidades mesmo em meio ao caos financeiro. Imagem: EDSON DE SOUZA NASCIMENTO / shutterstock.com
Controle de Transações de Criptomoedas: Novas Regras e Punições
O Futuro das Criptomoedas no Brasil O panorama das criptomoedas no Brasil está prestes a passar por uma mudança importante. Com o intuito de aumentar a transparência e o controle sobre as transações digitais, o governo brasileiro está desenvolvendo novas regulamentações para o setor. Essas diretrizes, que devem ser divulgadas até o final do ano, prometem transformar a forma como os ativos virtuais são gerenciados e declarados. Nos últimos anos, as criptomoedas se firmaram como uma classe de ativos cada vez mais popular no Brasil. A crescente aceitação de moedas digitais, como Bitcoin e Ethereum, tem sido impulsionada pelo desejo de diversificar investimentos e pela inovação tecnológica. Contudo, o aumento do uso dessas moedas levanta preocupações sobre segurança, tributação e prevenção à lavagem de dinheiro. A Necessidade de Regulamentação A falta de uma regulamentação clara tem sido um obstáculo significativo para o mercado de criptomoedas. Apesar dos avanços em regulação financeira e tecnológica, o setor de criptomoedas ainda opera em um ambiente relativamente desregulado. Essa lacuna gera incertezas sobre a segurança das transações, o cumprimento das obrigações fiscais e a proteção dos investidores. Novas Diretrizes em Discussão Objetivos das Novas Normas O governo brasileiro está empenhado em criar normas que promovam um ambiente mais seguro e transparente para o mercado de criptomoedas. O principal objetivo dessas regras é garantir o registro adequado de todas as transações, assegurando que os responsáveis cumpram suas obrigações fiscais e regulatórias. Requisitos de Declaração Uma das inovações mais significativas será a exigência de declarar transações com criptomoedas. Isso incluirá informar ao fisco sobre qualquer transação relevante ou movimentação de ativos virtuais, buscando proporcionar um maior controle sobre o fluxo financeiro e prevenir fraudes, como a lavagem de dinheiro. Declaração de Imposto de Renda Os contribuintes deverão declarar suas posses e transações com criptomoedas no Imposto de Renda, da mesma forma que outros ativos financeiros. A não declaração poderá resultar em penalidades severas, refletindo a seriedade com que o governo aborda essa questão. Monitoramento e Relatórios As novas regras também demandarão que exchanges de criptomoedas e outras plataformas financeiras apresentem relatórios regulares sobre as transações em suas plataformas. Esse monitoramento permitirá ao governo acompanhar melhor o fluxo de criptomoedas e identificar potenciais atividades ilegais. Penalidades e Consequências Multas e Sanções Financeiras Indivíduos e entidades que não atenderem às novas regulamentações estarão sujeitos a multas e penalidades financeiras. As sanções poderão variar conforme a gravidade da infração e o volume de criptomoedas envolvidas. A introdução dessas penalidades visa desencorajar a não conformidade e promover maior adesão às novas regras. Consequências Criminais Além das sanções financeiras, a legislação poderá prever penalidades criminais para quem se envolver em atividades ilegais, como lavagem de dinheiro com criptomoedas. Essas penalidades poderão resultar em processos judiciais e até mesmo em penas de prisão, dependendo da gravidade do ato. Impactos das Novas Regras no Mercado de Criptomoedas Efeitos sobre os Investidores Os investidores precisarão se adaptar rapidamente às novas regras para evitar complicações com as autoridades fiscais. Isso implicará em uma maior necessidade de manter registros precisos de todas as transações e de entender as novas obrigações de declaração. Apesar do aumento na carga administrativa, essas regras podem oferecer mais segurança e proteção ao reduzir o risco de fraudes. Impactos nas Exchanges e Plataformas de Criptomoedas As exchanges e plataformas de criptomoedas deverão implementar novos processos e sistemas para atender às exigências de monitoramento e relatório. Isso pode elevar os custos operacionais e exigir investimentos em tecnologia e pessoal para garantir conformidade. No entanto, a regulamentação pode também aumentar a confiança no mercado, atraindo novos investidores e parcerias. Repercussões no Mercado Geral A introdução de regulamentações mais rigorosas pode gerar efeitos diversos no mercado de criptomoedas. Por um lado, pode levar a uma diminuição da atividade especulativa e a um aumento da volatilidade dos preços, à medida que os participantes se ajustam às novas regras. Por outro, a maior clareza regulatória pode fortalecer a confiança no mercado e contribuir para uma estabilidade a longo prazo. Desafios e Considerações Futuras Desafios na Implementação A aplicação das novas regras pode enfrentar dificuldades práticas, como a necessidade de integrar sistemas existentes e adaptar as plataformas de criptomoedas às novas exigências. Além disso, capacitar profissionais e autoridades fiscais para lidar com a complexidade das transações de criptomoedas será fundamental para o sucesso da regulamentação. Considerações sobre a Evolução do Mercado À medida que o mercado de criptomoedas evolui, o governo precisará revisar e ajustar as normas para acompanhar inovações tecnológicas e mudanças no comportamento do mercado. A flexibilidade e a capacidade de adaptação serão essenciais para garantir que a regulamentação se mantenha eficaz e relevante. Considerações Finais A proposta de endurecimento do controle sobre as transações de criptomoedas marca um passo significativo na regulamentação desse setor no Brasil. Com a expectativa de que novas normas sejam publicadas até o fim do ano, tanto investidores quanto plataformas de criptomoedas devem se preparar para um ambiente regulatório mais rígido. Embora as novas regras tragam desafios, elas também prometem maior transparência e proteção, contribuindo para um mercado de criptomoedas mais seguro e confiável.
O que você precisa saber sobre staking de Bitcoin
Quando você ouve falar sobre staking de Bitcoin pela primeira vez, pode presumir que há um erro, dado o mecanismo de Prova de Trabalho (PoW) do Bitcoin. No entanto, o staking de Bitcoin é de fato uma realidade, com milhares de endereços participando e gerando retornos sobre seus ativos. Aqui está o que você precisa saber. Bitcoin Staking Explicado O staking, em sua definição tradicional, envolve o bloqueio de criptomoedas por seus detentores para participar de operações de rede, como a validação de transações em blockchains que utilizam o mecanismo de consenso Proof of Stake (PoS). No entanto, o Bitcoin opera com um modelo de Proof of Work (PoW), que não suporta staking de forma nativa. Com a introdução de plataformas que oferecem Liquid Staking Tokens (LSTs) baseados em Bitcoin, essa dinâmica começou a mudar, permitindo que os detentores de BTC se envolvam em staking de forma indireta. EigenLayer, Babylon e AVS’s No ecossistema do Ethereum, o conceito de “retaking” surgiu em 2023 com a criação da camada própria, ganhando destaque em 2024, quando o valor total bloqueado (TVL) ultrapassou os US$ 20 bilhões em junho. O staking de ETH contribui para a segurança da rede Ethereum, recompensando os stakers em contrapartida. O EigenLayer amplia essa ideia, permitindo que os usuários “restakem” seus ETH para proteger serviços adicionais, obtendo recompensas extras. Originalmente chamados de Active Validated Services (AVS) dentro do EigenLayer, esses aplicativos têm denominações diferentes dependendo da plataforma de (re)staking utilizada. AVSs são serviços ou aplicativos que podem ser protegidos por ETH restaked. Esse conceito está sendo adaptado ao blockchain do Bitcoin e a tokens vinculados ao BTC. A Babylon está à frente desse desenvolvimento, criando uma estrutura que possibilita que aplicativos utilizem a segurança criptoeconômica do Bitcoin. No lado do Ethereum, projetos como Symbiotic e o futuro EigenLayer estão integrando protocolos que aceitam tokens como Wrapped Bitcoin (WBTC) como colateral para fortalecer aplicativos que dependem desses ativos. Compreendendo o staking de Bitcoin No processo de staking de Bitcoin, os usuários depositam seus BTC em um protocolo específico e recebem Liquid Staking Tokens (LSTs) em troca. Esses LSTs representam o BTC em staking, oferecendo maior liquidez e outras funcionalidades. Dessa forma, os participantes podem se envolver em atividades DeFi sem abrir mão das recompensas do staking. Atualmente, o LST mais popular relacionado ao Bitcoin é o LBTC, desenvolvido pelo Protocolo Lombard. Veja como funciona: Criação do LBTC: Para cunhar LBTC, os usuários enviam seus BTC a endereços especiais do protocolo Babylon, resultando na criação de LBTC no Ethereum, que serve como um substituto para o Bitcoin enviado. Status do BTC: O BTC real enviado fica armazenado de forma segura nos contratos do protocolo Babylon. Neste momento, esse BTC não está acessível, mas permanece protegido. Recompensas para os depositantes: Enquanto o BTC está guardado, os depositantes recebem pontos dos sistemas Babylon e Lombard como incentivo pela participação. Planos Futuros: A intenção é que o BTC armazenado nos contratos da Babylon seja utilizado para fortalecer um ecossistema mais amplo, permitindo que diferentes aplicativos e blockchains se beneficiem dessa segurança, mantendo a conexão com a rede principal do Bitcoin. Principais protocolos em staking de Bitcoin Diversos protocolos têm se destacado no cenário de staking de Bitcoin: Lombard Apostou BTC (LBTC): Líder de mercado, a LBTC viu seu valor de mercado crescer para US$ 300 milhões, com mais de 3.000 detentores. UniBTC: O UniBTC rapidamente atraiu um número considerável de holders. Embora LBTC esteja à frente, o UniBTC ocupa a segunda posição com cerca de 1.000 holders. Inchar BTC (SWBTC): O SWBTC começou forte, com potencial para ultrapassar o UniBTC. No entanto, seu crescimento desacelerou, posicionando-o atualmente em terceiro lugar com cerca de 440 detentores. O Bitcoin está apostando no futuro do rendimento do Bitcoin? O staking de Bitcoin começou com força, com milhares de detentores já acumulando recompensas através de protocolos líderes. Neste momento, o volume de Bitcoin em staking representa 3,75% do total disponível, indicando que ainda há muito espaço para expansão nos próximos meses. O conceito é promissor, mas seu sucesso a longo prazo dependerá se a economia do staking faz sentido além das recompensas iniciais em pontos. O fator-chave será o desenvolvimento de serviços construídos sobre esses protocolos. Se um ecossistema robusto de serviços se desenvolver, o staking de Bitcoin pode se tornar uma das oportunidades de rendimento mais atraentes para os detentores de Bitcoin.
Diretor da Binance Brasil defende regulação equilibrada para as criptomoedas
Na última quinta-feira (19), Guilherme Haddad Nazar, Diretor da Binance no Brasil e vice-presidente regional para a América Latina, defendeu publicamente uma regulação equilibrada para as criptomoedas no país. Em um texto divulgado no site Valor Investe, onde Nazar se tornou colunista, ele argumentou que o Brasil está em um estágio regulatório avançado para as criptomoedas. Assim, Nazar acredita que o país está em uma posição importante no mundo, e que novas regras são bem-vindas. Além disso, indicou que as novas diretrizes podem ajudar os brasileiros a ter acesso a um mercado internacional, com alta liquidez. “Caneta da regulação deve estar equilibrada entre proteção a investidores ao mesmo tempo que garante inovações”, diz diretor da Binance no Brasil em sua coluna Citando um estudo que indica que pelo menos 600 milhões de pessoas no mundo já possuem criptomoedas, Guilherme Nazar acredita que a regulação deve acontecer. Contudo, ele defende uma regulação equilibrada para as criptomoedas no Brasil, indicando que as regras devem garantir a proteção de investidores, sem sufocar inovações. Acompanhando o cenário brasileiro, ele lembrou da Lei 14.478/2022, chamada Marco das Criptomoedas. Além disso, destacou em sua escrita que o Banco Central do Brasil já abriu uma primeira consulta pública sobre o tema e coletou informações com empresas do setor. Nazar espera que em breve o BCB abra uma nova consulta pública, que deve impactar diretamente a futura regulação das criptomoedas no país. Para isso, ele entende que as novas regras não podem entrar em conflito com o que está em prática no mundo que é um mercado de alta liquidez e funciona todos os dias e horários, de forma ininterrupta. Ou seja, caso as regras brasileiras sobre criptomoedas entrem em desacordo com o que já ocorre no mundo, ele entende que não seria um bom caminho adotado pelo país. “Regulação deve combater lavagem de dinheiro e ilícitos financeiros” Seguindo seu texto, Nazar declarou que a segregação patrimonial é uma medida válida, mas não a única para garantir eficiência e segurança em corretoras de criptomoedas. Isso porque, a educação dos usuários, provas de reservas públicas, e outras medidas podem complementar a proteção do ecossistema além das regras criadas pelos estados. Mesmo assim, ele acredita que as novas regras devem observar com cuidado práticas de ilícitos financeiros e de lavagem de dinheiro, o que a regulação das criptomoedas deve cuidar. Por fim, Nazar indica que a regulação equilibrada pode representar uma boa oportunidade para que o Brasil se apresente como uma nova potência de inovação.
Gangue invade casas e sequestra vítimas para roubar criptomoedas
Em abril de 2023, uma operação levou à prisão de Remy Ra St. Félix de 25 anos, e seus amigos, acusados de realizar uma série de invasões domiciliares e sequestros para roubar grandes somas em criptomoedas. De acordo como departamento de justiça dos EUA, os criminosos começaram uma onda de ataques na Flórida, e expandiram suas atividades para outros estados, na esperança de evitar a detecção. Entretanto, o que começou como uma tentativa mal-sucedida de roubo se transformou em uma das mais brutais e violentas redes de crimes envolvendo criptomoedas nos Estados Unidos. A saga de crimes e sequestros por criptomoedas Tudo começou quando Felix decidiu “profissionalizar” suas atividades criminosas após falhar em roubos menores perto de sua cidade natal, Homestead, Flórida. De acordo com a mídia local, a primeira grande tentativa foi um assalto domiciliar que, embora violento, não rendeu os frutos esperados. A vítima, sob tortura, não tinha a quantia de criptomoedas que Felix e seus cúmplices esperavam. Mesmo assim, o bando não hesitou em sequestrar o homem, filmá-lo em vídeos chocantes enquanto o espancavam e exigiam resgates em criptomoedas de seus amigos e familiares. Arma usada em sequestro (Arstechnica) Essa ousadia, que os levou a se deslocar por 193 quilômetros, evidenciava a determinação de Felix e sua equipe em continuar expandindo suas operações. A frustração com os primeiros fracassos não desanimou o grupo. Pelo contrário, eles decidiram que a solução era se distanciar das áreas já conhecidas por eles e buscar novas oportunidades. Um de seus primeiros grandes golpes fora da Flórida aconteceu no Texas, onde roubaram US$ 150.000 e dois relógios Rolex de uma vítima. No entanto, o destino reservava uma nova e trágica investida para o time de criminosos: a cidade de Durham, na Carolina do Norte. Noite de terror na casa de aposentado No dia 11 de abril, Felix e seu parceiro, Elmer Castro, passaram o dia vigiando uma casa em Wells Street. O alvo? Um casal idoso que, segundo informações obtidas após a invasão de sua conta de e-mail, era proprietário de uma grande quantia de criptomoedas. Como de costume, os criminosos tomaram precauções e se disfarçaram de trabalhadores comuns. No dia seguinte, às 7h30 da manhã, eles chegaram à residência usando uniformes de operários de construção civil. O plano parecia simples: convencer os moradores a permitir sua entrada, alegando que precisavam realizar uma inspeção no encanamento da casa. Entretanto, a situação rapidamente escalou quando, ao serem atendidos pela esposa do proprietário, Felix e Castro colocaram suas máscaras de esqui, sacaram armas e forçaram a entrada. O caos tomou conta da residência com a mulher gritando enquanto seu marido tentava defendê-la. Os criminosos não hesitaram em amarrar e agredir o casal, levando ambos à rendição completa. Felix não demorou a levar o idoso até o escritório no andar superior da casa. Lá, sob ameaça de violência extrema, ele ordenou que o homem acessasse sua conta na corretora Coinbase, uma das maiores plataformas de criptomoedas do mundo. Prometendo cortar os dedos e estuprar sua esposa, Felix deixou claro que a única saída era cooperar. E, de fato, o marido cedeu às ameaças, permitindo que ele e sua equipe controlassem remotamente o computador da vítima através do software Qualquer Mesa. O que seguiu foi uma série de transferências rápidas de criptomoedas, feitas por Jarod Seemungal, outro membro da gangue que operava à distância. Em poucos minutos, US$ 156.853 em criptomoedas, cerca de R$ 864 mil, haviam sido transferidos da conta da vítima enquanto uma quarta transação foi bloqueada pela própria Coinbase que desconfiou da atividade incomum. Por volta das 9h da manhã, com o bairro começando a despertar e os primeiros trabalhadores de paisagismo chegando às casas vizinhas, Felix e Castro perceberam que seu tempo estava acabando. Eles trancaram o casal no banheiro, destruíram o iMac e os telefones da família, e fugiram em um carro que haviam alugado. As criptomoedas, porém, já estavam longe, irremediavelmente transferida para contas anônimas. A polícia foi chamada e chegou ao local às 9h17, mas, naquele ponto, não havia mais muito a ser feito. O casal estava ferido, traumatizado, e seu dinheiro virtual desaparecera no complexo sistema de anonimato oferecido por exchanges descentralizadas e criptomoedas focadas em privacidade. Porém, o que Felix e seus cúmplices não entenderam foi a vulnerabilidade que deixaram ao criar contas em plataformas como a Coinbase com seus próprios nomes. No mesmo dia do crime, às 11h42, Castro abriu uma conta usando uma identidade oficial, seguido por Felix horas depois. Essas transferências permitiram que as autoridades traçassem o caminho do dinheiro roubado e, eventualmente, localizassem os criminosos. Gangue especializada em roubos de criptomoedas é presa após série de invasões e sequestros As investigações avançaram rapidamente e, em alguns meses, toda a equipe de Felix foi detida. O próprio líder foi preso em 27 de julho de 2023, no estacionamento de um McDonald’s em Nova York, pouco antes de realizar outro roubo planejado contra uma família de cinco pessoas em Long Island. Dentro de seu veículo, foram encontrados uma arma de fogo e braçadeiras de plástico além de um rifle AR. As consequências para os envolvidos foram severas. Jarod Seemungal, o cérebro por trás das operações de clonagem de celular e roubo de criptomoedas, foi condenado a 20 anos de prisão, além de ser obrigado a devolver US$ 4 milhões. Elmer Castro, cúmplice direto nas invasões, aguardava sentença nas próximas semanas. Quanto a Felix, ele decidiu levar seu caso a julgamento. Em junho de 2023, foi considerado culpado e, em 11 de setembro, recebeu uma pena de 47 anos de prisão. A conclusão do caso foi celebrada pelas autoridades americanas nesta semana, como uma grande vitória contra crimes envolvendo criptomoedas. Como se proteger de sequestros envolvendo criptomoedas Nos últimos anos, o aumento no uso de criptomoedas trouxe também um crescimento nos sequestros relacionados a esses ativos digitais. Para se proteger, autoridades recomendam medidas preventivas que vão além da segurança física. A primeira dica é usar autenticação em dois fatores (2FA) em todas as contas relacionadas